sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O Caminho do Ouro


Estrada construída pelos escravos entre os séculos XVII e XIX, a partir de trilhas dos índios guaianazes “índios que habitavam a região”, teve sua construção iniciada em 1660, por ordem do Governador Sá e Benevides, o Caminho do Ouro está relativamente preservado e se encontra envolto pela exuberância da Mata Atlântica do parque Nacional da Serra da Bocaina.
As obras de engenharia e drenagem impressionam, ainda hoje, pelo seu tamanho e forma de execução: pedra sobre pedra, encaixes perfeitos e sistema de drenagens funcionais. Alguns de seus muros de arrimo chegam a ter, aproximadamente, cinco metros de altura e seguem fielmente a curva de nível da serra.
Ponto de passagem obrigatório, nos séculos XVIII e XIX, o caminho ligava o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, no chamado “Ciclo do Ouro”. Paraty exercia a função de entreposto comercial e por sua posição geográfica, porto escoadouro da produção de ouro de Minas Gerais para Portugal, também escoava o café produzido no alto do Vale do Paraíba. Foi uma das mais importantes cidades portuárias do século XVIII, chegando a ser o segundo mais importante porto em carga e descarga do Brasil colonial, perdendo apenas para do Rio de Janeiro. Sua importância vai até o surgimento de um novo traçado, em linha reta, do Rio de Janeiro para Diamantina, nas Gerais, isolando Paraty e cessando o movimento do Porto. Com a libertação dos escravos, agora também sem mão de obra dos engenhos, das fazendas e do porto, grande parte da população abandonou a região em busca de futuro mais promissor.
Não deixe de conhecer um dos mais importantes marcos da nossa história, onde correram lendas e sofrimentos, mais principalmente, esperança e sonhos.
Este caminho está na história como uma das primeiras vias de transporte e integração do Brasil.

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